Livro: Getúlio, 1882-1930, Dos Anos de Formação à Conquista do Poder
Autor: Lira Neto
Editora: Companhia das Letras
Resumo:
Provavelmente tu já ouviste falar sobre Getúlio Vargas, Presidente do Brasil pelos anos de 1930 até 1945 e 1951 até 1954, quando morreu de suicídio; Mas, tu provavelmente (mesmo sendo brasileiro, ou não), não sabes seu ano de nascimento nem o local, as circunstâncias e o clima político em que ele cresceu.
Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19 de Abril de 1882 no município de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, Império do Brasil. Era filho do general Manuel do Nascimento Vargas e da dona de casa Cândida Francisca Dornelles Vargas. Era muito quieto e reservado, falava pouco, mas pensava muito.
Um dos episódios mais conhecidos de sua vida quando jovem (contado logo no segundo capítulo do livro) foi quando ele e seu amigo de infância, Gonzaga estão brincando na sala-de-estar da casa de Getúlio e acontece o seguinte fato:
Autor: Lira Neto
Editora: Companhia das Letras
Resumo:
Provavelmente tu já ouviste falar sobre Getúlio Vargas, Presidente do Brasil pelos anos de 1930 até 1945 e 1951 até 1954, quando morreu de suicídio; Mas, tu provavelmente (mesmo sendo brasileiro, ou não), não sabes seu ano de nascimento nem o local, as circunstâncias e o clima político em que ele cresceu.
Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19 de Abril de 1882 no município de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, Império do Brasil. Era filho do general Manuel do Nascimento Vargas e da dona de casa Cândida Francisca Dornelles Vargas. Era muito quieto e reservado, falava pouco, mas pensava muito.
Um dos episódios mais conhecidos de sua vida quando jovem (contado logo no segundo capítulo do livro) foi quando ele e seu amigo de infância, Gonzaga estão brincando na sala-de-estar da casa de Getúlio e acontece o seguinte fato:
Getúlio Vargas e seu amigo Gonzaga estavam brincando na sala-de-estar de sua casa;
Getúlio vê um guarda-chuva e quer impressionar Gonzaga mostrando como aquilo funciona;
Getúlio atrapalha-se com o guarda-chuva e acaba derrubando o retrato a óleo de Júlio de Castilhos (líder político célebre no Rio Grande do Sul);
Seu pai que estava numa reunião do lado de fora ouve o barulho e assusta-se com aquilo;
Getúlio e Gonzaga com medo pulam a janela e escondem-se no umbuzeiro do quintal;
Passam-se cerca de 1 dia e nem sinal dos dois;
Manuel Vargas já preocupado manda que as buscas sejam reforçadas;
À noite, Getúlio vê sua mãe chorando, apieda-se e, horas depois desce do umbuzeiro;
Em vez de levar a prometida surra, Getúlio e Gonzaga são perdoados.
Naquele dia, Getúlio aprende uma lição quase infalível que levaria para a vida toda: As vezes o tempo é a melhor arma. Pois, enquanto que Getúlio estava "sumido", seu pai e sua mãe preocuparam--se com o quê poderia ter acontecido com o filho deles e, quando ele voltou, não tiveram coragem de castiga-lo.
O tempo vai passando e Getúlio vai crescendo... logo quando ele aprendeu a ler, tomou um grande gosto pela leitura, tornando-se um ávido leitor. (note que a maioria das personagens que marcaram a história, tinham grande gosto pela leitura, como por exemplo: Napoleão I, Dom Pedro II, Sir Winston Churchill e Dom João VI). Getúlio, porém, continuava a ter uma personalidade reservada, algo que levaria por toda a sua vida. Logo quando entrou para a Faculdade de Direito, Getúlio entrou para o correspondente de grêmio estudantil à época, seu primeiro discurso oficial foi no velório de Júlio de Castilhos (lembre-se do episódio do retrato do mesmo) no Theatro São Pedro em Porto Alegre, Getúlio leu um grande elogio fúnebre que deixou todos comovidos e chamou a atenção do governador Borges de Medeiros (que era amigo de seu pai). Borges de Medeiros queria ser reeleito como governador para ter seu 2º mandato (ao todo, Borges teve 5 mandatos de 5 anos, ou seja, 25 anos no governo gaúcho) e quis contar com a ajuda dos "universitários" para consegui-lo. Como já havia sido dito, Getúlio tinha grande eloqüência nos discursos, então, quando Borges de Medeiros ganhou pela 2ª vez quis recompensar-lhe com o cargo de promotor, Getúlio que era recém-formado logo assumiu o cargo.
Mas, ele não permaneceu lá por muito tempo, após cerca de um ano de trabalho no fórum, Gétulio renunciou ao cargo e voltou à pequena São Borja para receber formação de como ser um bom político, terminados esses anos, foi eleito para o cargo de Deputado Estadual, anos depois seria eleito para Deputado Federal.
Com a subida do presidente Washington Luís em 1926, Getúlio seria nomeado ao cargo de Ministro da Fazenda, sem entender nada da matéria de finanças OMG!. Anos depois deixaria o cargo para candidatar-se para o cargo de Presidente do Estado do Rio Grande do Sul (governador), pois na guerra civil que ocorrera em 1925, seu tratado de paz continha uma cláusula que falava que Borges de Medeiros não poderia mais reeleger-se. Ganhou com mais de 80% dos votos.
Mas logo no meio de seu 1º ano de mandato, ocorreu um problema de nível nacional: São Paulo e Minas Gerais romperam o pacto da República do Café com Leite, em que candidatos desses dois estados revezavam-se no comando da República, Júlio Prestes, na época Presidente do Estado de São Paulo lançou sua candidatura à Presidência da República, rompendo assim o pacto com Minas, o Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Passos indignou-se e rompeu com São Paulo. No meio de tudo isso, o governo do Rio Grande do Sul era pressionado a juntar-se a São Paulo ou lançar um candidato à Presidência.
Getúlio então, após muitas reflexões e cálculos aceitou o desafio, resultado: perdeu!
Apesar de ter feito uma ótima campanha, o querer do povo não foi o mesmo do Palácio do Catete então, Getúlio decidiu fazer uma revolução junto ao Estado de Minas Gerais, Estado da Paraíba, revolucionários da época do governo do presidente Artur Bernardes (tenentistas e simpatizantes à Coluna Prestes). Tomaram o Catete e Getúlio virou o chefe provisório do período conhecido como Estado Novo. Começa assim o início da Era Vargas.
Retrato Oficial de Getúlio Vargas como Presidente dos Estados Unidos do Brasil
Capa do livro (este livro faz parte duma trilogia sobre Getúlio Vargas)
