sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Dica XXVII: O Castelo de Papel

Livro: O Castelo de Papel.
Autora: Mary del Priore.
Editora: Rocco.
Resumo:             Provavelmente todos os que aqui estão lendo conhecem a história da Princesa Isabel que libertou os escravos com a Lei Áurea de 1888, mas muitos não sabem como era a vida pessoal dela, seus filhos e seu marido o Conde d'Eu, nem tampouco como era seu relacionamento com o seu pai o Imperador Dom Pedro II. Este livro foca não só nos eventos oficiais da história, mas também foca na vida quotidiana da Família Imperial de Orléans e Bragança.
                          O livro começa contando a triste infância de Luís Filipe Maria Fernando Gastão de Orléans, o Conde d'Eu, quando ele tinha 6 anos seu avô o Rei Luís Filipe I dos Franceses foi deposto, então ele e sua real família foram obrigados a ir para o exílio na Inglaterra, durante sua juventude Gastão teve que prestar serviço militar ao exército espanhol, pois era uma tradição dos Orléans a coragem militar. Viveu alguns tempos em Sevilha, Espanha onde ficou entediado da vida de militar.
                         Paralelamente do outro lado do Oceano Atlântico vivia com seus pais e irmã, Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon que nome grande! filha mais velha de Dom Pedro II e herdeira do trono do imenso Império do Brasil. Como era comum na época, Isabel teria que se casar com um nobre de outra família real (reinante ou não) e Dom Pedro estava muito preocupado com isso, pois era muito mais difícil arranjar um pretendente homem, porque muitos homens eram herdeiros de tronos, já casados ou não tinham interesse em ir morar no longínquo Império do Brasil.
                         A família preferida para tal era a casa anglo-saxônica de Saxe-Coburgo-Gotta, atual família real da Inglaterra (só que com o nome de Windsor) e da Bélgica, pois o Príncipe Albert da Inglaterra (marido da Rainha Vitória I), era o exemplo perfeito de um bom marido, conselheiro e pai de família. Após de muitas recusas de pedidos de casamento e um quase casamento com um Saxe-Coburgo-Gotta, Isabel se casa com um francês exilado, o Conde d'Eu.
                       A vida do casal ia bem, eram muito religiosos, se amavam, passavam o tempo ou na casa do tranqüilo vilarejo de Petrópolis ou no Palácio Isabel (atual Palácio Guanabara) em Laranjeiras, Rio de Janeiro. Mas então houve a Guerra do Paraguai em que o Paraguai quis dominar Brasil, Argentina e Uruguai, então Dom Pedro II que ficou conhecido como voluntário número 1 da pátria, chamou Gastão para ir junto dele à guerra, ele claro aceitou de primeira, pois em suas veias corria o sangue de um legítimo Orléans: coragem militar sempre! Mas Dom Pedro II não quis deixa-lo participar dos combates, apenas após a auto-demissão do Duque de Caxias (na época apenas Marquês de Caxias) e muita insistência Gastão se tornou Marechal do Exército e, depois de muitas dificuldades ganhou a Guerra do Paraguai e aniquilou o inimigo.
                    Mas, apesar do prestigio e das conquistas militares, havia um grande problema: a sucessão do trono, quando Dom Pedro II e Isabel "I" morressem que assumiria o lugar? após muitas tentativas, um sobrinho indesejado (Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança, que depois da proclamação da república enlouqueceria) e uma filha morta no parto, Isabel e Gastão conseguem ter o Príncipe Dom Pedro de Alcântara. Durante todo o império Dom Pedro Augusto quis tomar o trono de Isabel, felizmente isso não aconteceu, pois então o Brasil teria um Imperador louco tal como Jorge III da Inglaterra e Dona Maria I de Portugal.
                  Com o passar do tempo muitos problemas iam acabando com a popularidade do casal, tal como a Questão Religiosa (em que a igreja condenava a Maçonaria e a modernidade com várias eclínicas e Bulas Papais do Papa Pio IX) que fez o Brasil inteiro se revoltar contra a Igreja e dar a alcunha de fanática a Isabel. Mas a popularidade também subia, como a vitória de Gastão na Guerra do Paraguai (já citada) e as assinaturas da Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea, que fez Isabel ter popularidade e amor público.
                 O livro se termina com o fim do Império em 1889, mostrando além da Proclamação da República, morte de Dona Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias (Imperatriz consorte do Brasil), morte de Dom Pedro II em Paris, morte do concorrente número um de Isabel na sucessão, seu sobrinho Dom Pedro Augusto num hospício europeu, a vida de Isabel e do Conde d'Eu na França e parte da vida de seus três filhos: Dom Pedro de Alcântara, Dom Luís Maria e Dom Antônio Gastão.
                Tal como a introdução do livro fala, parece que você está mesmo dentro do palácio.



Capa do livro.

Dom Pedro II, último Imperador do Brasil.

Princesa Isabel

Conde d'Eu
O quase Dom Pedro III do Brasil, Dom Pedro Augusto, o louco.

Bandeira do Brasil de 1822 a 1889

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dica XXVI: O Diário de Gian Burrasca

Livro: O Diário de Gian Burrasca.
Autor: Vamba
Editora: Autentica Editora
Resumo:        Apesar de não muito conhecido no Brasil, esse livro é um dos maiores clássicos da literatura italiana, segundo ao seu autor que utiliza o pseudônimo de Vamba, mas na verdade seu nome é Luigi Bertelli o diário foi realmente deste garoto e foi encontrado nos arquivos de um tribunal italiano.
                      Gian "Burrasca" é um garoto florentino (que nasceu em Florença, Itália) muito travesso, por isso ele tem o cognome de Gian Burrasca, Burrasca quer dizer tempestade em italiano, sendo Giovanni (João em italiano) seu verdadeiro nome; tem 3 irmãs Ada, Luíza e Virgínia, vive com elas e seus pais. Apesar de ser muito travesso Gianino não tem culpa, pois é uma jovem criança inocente e fala apenas o que lhe vem à cabeça.
                     O livro começa no seu aniversário, quando ele ganha o diário e começa a falar sobre sua vida e seus presentes ganhados. Um dos presentes (no caso a pistola) foi realmente útil, pois quando ele estava no meio de uma brincadeira acabou atingindo o olho do Advogado Maralli na época amigo da família, então o advogado fica morando por alguns tempos com eles e acaba se apaixonando pela irmã de Gian, Virgínia.
                   85% do livro narra as travessuras cometidas por Gian e suas conseqüências, sendo várias incluindo até fugir de casa e viajar na chaminé de um trem! Infelizmente não poderei falar mais sobre as travessuras de Gian, pois revelam muito sobre o decorrer da história.
                  Gian viveu na metade do século XIX época de grandes mudanças na Itália como época da unificação da Itália e do fim dos Estados Papais, mas como o livro foi escrito por uma criança comum, obviamente não irá tratar sobre isso. Mesmo assim o livro é ótimo e encantador. Para entenderes a importância do livro há uma palavra na Língua Portuguesa que foi criada por sua influência: Borrasca que é derivada do italiano Burrasca que era o apelido de Gian e como já dito anteriormente: significa tempestade.
                 Há também um filme do livro, mas eu ainda não o assisti.

Capa do livro


Florença, a cidade de Gian Burrasca.
 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Dica XXV: A Invenção de Hugo Cabret

Livro: A Invenção de Hugo Cabret.
Autor: Brian Selznick.
Editora: SM.
Resumo:          Hugo Cabret é um órfão parisiense que vive com seu tio na Estação Central de trens da Paris dos anos 1930, eles praticamente vivem dentro dos relógios, pois moram em apartamentos para funcionários da estação dentro da Torre do Relógio. Seu pai morreu no incêndio do museu que ele trabalhava e deixou como herança apenas um autômato que Hugo ainda não descobriu a função nem a forma de funcionamento. Seu tio passa o dia trabalhando e bebendo, portanto Hugo sempre ficava sozinho e abandonado e teve que praticar pequenos roubos para sobreviver.
                      Num belo dia Hugo resolveu consertar o autômato deixado pelo seu pai, então foi pegar/roubar algumas peças dos brinquedos-de-corda da loja de brinquedos localizada na estação. No meio do roubo o dono da loja Georges Meliés percebe o que estava acontecendo e repreende Hugo e toma dele o seu precioso caderno de anotações em que estava a lista com todas as peças para o conserto do autômato, Hugo então fica desesperado para tentar recuperar o seu caderno e, segue Georges até sua casa para tentar recuperar-lo, Georges então diz que para o fazer ele necessita trabalhar por alguns dias na loja para ele.
                    Nestes dias trabalhados Hugo Cabret conhece Isabelle a sobrinha e afilhada de Georges na loja, que logo de cara forma uma incrível amizade com Hugo e se dispôs a recuperar o caderno dele. Isabelle o ensina também a ter gosto pela leitura indo com ele à livraria da estação e apresentando-o a livros de Júlio Verne e outros autores consagrados.
                   Ao longo do tempo, Hugo e Isabelle vão tentando consertar o autômato e investigar o porquê de o tio Georges ter ficado tão encabulado com o caderno...
                   Este livro é muito bom, pois mostra a vida em uma estação de trem na década de 30, a tristeza de uma criança que perde o pai (ele também já havia perdido a mãe), incita o leitor a descobrir e pesquisar mais sobre o incrível mundo da relojoaria e, mostra o cinema do início do século XX (se tu leres, saberás o motivo de o cinema ter aparecido no livro).
                  O livro também é ricamente ilustrado em preto e branco, se você folhear-lo bem rápido vai parecer uma animação.

Capa do livro (li 2 vezes)

Capa do filme (simplesmente ótimo)

Dica XXIV: A Volta Ao Mundo Em 80 Dias

Livro: A Volta Ao Mundo Em 80 Dias.
Autor: Júlio Verne.
Editora: (o livro tem várias edições)
Resumo:         Mr. Phileas Fogg um gentleman britânico (como o próprio livro diz) membro do Reform Club em Londres, levava uma vida pacata até que recebe uma aposta num jogo de whist e diz que vai cumpri-la, a proposta envolvia uma grande fração de sua fortuna então ele tinha que segui-la à risca: dar a volta ao mundo em 80 dias, na proposta estavam incluídos:

Ir de Londres a Suez por paquete e trem;
De Suez a Bombaim (atual Mumbai) por paquete;
De Bombaim a Calcutá por trem;
De Calcutá a Hong Kong paquete;
De Hong Kong a Yokohama paquete;
De Yokohama a São Francisco paquete;
De São Francisco a Nova York trem;
De Nova York a Londres paquete e trem;

                   Mr. Fogg leva em seu séquito de viagem apenas ele próprio e seu mordo Jean Passepartout e se envolvem logo que 24 horas após a aposta na viagem.
                  No caminho de Suez para Bombaim eles salvam uma indiana chamada de Mrs. (pronuncia-se missis) Aouda de um sacrifício da religião Hindu, então, ela os acompanha pelo resto da viagem até Londres.
               Logo em Suez eles encontram o Detetive Mr. Fix que estava seguindo o rastro deles desde Londres, pois achava que Mr. Fogg havia roubado o Banco da Inglaterra, Mr. Fix se faz de amigo e se junta ao séquito da viagem.
               Este livro é interessantíssimo, pois ele mostra o esplendor do Império Britânico no século XIX (apesar de o apogeu deste ter sido apenas em 1926), os costumes religiosos dos indianos da religião Hindu (mais de 90% dos indianos até hoje), a sociedade chinesa daquela época, as eleições para presidente dos Estados Unidos da América naquela época, entre muitas outras coisas interessantes da época.

Capa da edição do livro que eu li (estava editada em Português de Portugal)*


*: Este livro que eu comprei e li, pertence à coleção Biblioteca Júlio Verne, é ricamente ilustrado e encadernado. O único problema é referente à coleção, pois eu só achei-a na Livraria Cultura em João Pessoa, Paraíba.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Dica XXIII: Leonardo da Vinci

Livro: Leonardo e A Caneta que Desenha O Futuro.
Autor: Luca Novelli
Editora: Ciranda Cultural
Resumo:         Este livro é bem fácil de ler, pois contém ilustrações e, é bem curto.
                        A história começa no pequeno vilarejo de Vinci, de onde Leonardo passou parte de sua infância e depois, o livro vai contando a história dos clientes e dos inventos de Leonardo ao longo do tempo até a sua morte na corte do Rei Francisco I de França.
                        No final do livro há um sumário com  o nome de palavras da época, pessoas e inventos de Leonardo, no final de cada capítulo também há um pequeno texto sobre cada assunto que é tratado no capítulo.
                        Como já dito anteriormente, o livro é bem curto, então não há muito o que acrescentar sobre este.
                       

Capa do livro



Leonardo da Vinci




segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Dica XXII: Titanic

Livro: White Star Line Titanic
Autora: Claire Hawcock
Editora: Ciranda Cultural
Resumo:           Provavelmente todos aqui já conhecem a história do navio Titanic que afundou em 1912... Mas o diferencial deste livro são a forma de contar a história deste (em incríveis pop-up) e também informações adicionais.
                        O livro se inicia contando sobre como eram os navios transatlânticos de passageiros e os dados técnicos do Titanic, logo na primeira página há um incrível Pop-Up da frente do navio.
                        Já na terceira página são tratados os costumes sociais da época (do fim do século XIX até 1914 o mundo passou por uma época de luxo e bons costumes chamada de belle-époque, no Brasil a Belle-Époque durou até meados da década de 1920), o luxo do navio e curiosidades como por exemplo que o Titanic foi o primeiro navio a ter uma piscina, entre outras.
                       A quinta página trata da viagem inaugural (infelizmente a primeira e a última) que reuniu a aristocracia britânica e norte-americana na 1ª classe, pessoas comuns na 2ª classe, imigrantes na 3ª classe e um incrível staff (funcionários) de 885 pessoas.
                       As outras páginas falam sobre o naufrágio do navio, os resgates, a memória e os sobreviventes dessa terrível catástrofe (alguns são vivos até hoje).
                       O livro também contém uma réplica do navio para montagem (muito difícil de montar) e fac-smiles dos pedidos de socorro enviados por telégrafo durante o naufrágio.


Capa do livro




Um dos pop-up's do livro



Dica XXI: Feira de Livros no Natal Shopping

Local: Natal Shopping.
Promovido Por: Editora Ciranda Cultural.
Público Alvo: Infantil/ Infanto-Juvenil.
Data: de 27 de Julho até 18 de Agosto de 2013.
Resumo:           A editora Ciranda Cultural promove no Natal Shopping uma feira de livros,  feira contém várias opções de livro por ótimos preços, variando de R$ 3,00 até R$ 80,00.
                         Eu comprei apenas dois livros em minha primeira visita à feira, mas quando for da próxima vez irei comprar mais alguns. Os livros que eu comprei foram: White Star Line Titanic e Leonardo e A Caneta que Desenha O Futuro, depois postarei dicas desses livros, o preço total foi de apenas R$ 35,00 , o do Titanic foi R$ 30,00 e o de Leonardo da Vinci R$ 5,00.
                     O público alvo da feira é o público infantil, mas há também livros destinados ao público adolescente e ao público adulto, como por exemplo os romances da Língua Portuguesa como: O Guarani, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Memórias de um Sargento de Milícias, Primo Basílio etc. com preço de 5 a 20 Reais e, também há na feira dicionários de Português, Inglês e Espanhol.
                  A feira vai até o dia 18 de Agosto.



Logo da editora.


Livros que Eu Comprei: 



White Star Line Titanic






Leonardo e A Caneta que Desenha o Futuro



Observação: A feira não funciona no Domingo.





domingo, 4 de agosto de 2013

Dica XX: O Nome da Rosa

Livro: O Nome da Rosa.
Autor: Umberto Eco.
Editora: Record.
Resumo:         O ex Inquisidor inglês Frei Guilherme de Baskerville e seu pupilo o noviço austríaco Adso de Melk, estão de viagem pela Península Itálica da Era Medieval. No se hospedam  numa abadia beneditina (Ordem de São Bento) por  algumas semanas.
                      Tudo ocorria bem até que eles descobrem que no dia anterior à chegada deles havia ocorrido uma morte misteriosa de um monge que estava no Edifício no meio da noite. Então eles vão investigar o que aconteceu e, quando estão no escritório, descobrem que esse monge tinha visões misteriosas. Quando estão subindo à Biblioteca descobrem que apenas o bibliotecário e seu ajudante podiam ir até lá, então frei Guilherme acha que os monges estão escondendo algo.
                     No 2º dia durante as primeiras orações ao nascer do Sol (um clérigo começa suas orações às 5:30 da manhã) o Abade percebe a falta de Frei Venâncio no coro, minutos depois os servos leigos (não religiosos) entram na Igreja da Abadia e avisam o abade da morte de Venâncio.
                    Já no 3º dia frei Guilherme e Adso vão até a Biblioteca durante a madrugada e descobrem a razão das visões do 1º monge morto e também um manuscrito misterioso codificado. Depois de saírem do Edifício o Abade os conta da morte de mais um monge...

                Esse livro foi o livro que consagrou Umberto Eco como escritor e, apesar de ser ficção fala de coisas reais da época, tais como:

  • Inquisição;
  • Perseguição aos Fraticelli e outros grupos radicais religiosos;
  • Transferência do Papado de Roma para Avinhão;
  • Interferência em excesso na política pelo Papa João XXII e bispos;
  • Teocentrismo;
  • Entre outros.

Capa do Livro.

.
Capa do Filme